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O Sindjus/RS manifesta total apoio à direção do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado de Sergipe (Sindijus-SE), bem como a todas trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário sergipano, que no fim de maio foram vítimas zombaria por parte do desembargador Fábio Uchôa Pinto Montenegro, do Rio de Janeiro, durante inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Tribunal de Justiça de Sergipe. Repudiamos este tipo de postura de um magistrado que deveria ter como princípios o respeito e isenção perante as demandas das trabalhadoras e trabalhadores.

Enquanto os diretores do Sindijus-SE, Analice Soares, Jones Ribeiro e Sara de Ó, apresentavam um ofício com algumas denúncias, com o objetivo de contribuir com o trabalho do CNJ, conforme o registro em fotos, o magistrado zombou das demandas dos servidores e servidoras, em uma demonstração da falta de respeito dos integrantes do Conselho com os trabalhadores do Judiciário.

Importante destacar, que tal atitude está alinhada com a postura adotada de forma corriqueira no CNJ, com a frequente negativa para as pautas dos servidores e servidoras da justiça e que, muitas vezes, a atribuição do Conselho. 

Outro exemplo recente, foi o caso da luta dos trabalhadores do Judiciário de Pernambuco, que conquistaram por legislação o auxílio-tecnológico, mas que teve o CNJ se posicionando de forma contrária à Lei e orientando o não pagamento. 

O que percebemos é que atualmente este órgão atua a nível nacional como uma espécie de “sindicatão da magistratura”, onde através de normas e resoluções, concede benefícios a esta classe, em muitos casos retroativos. Como exemplo: auxílio moradia, acúmulo de acervo, auxílio-creche e o último absurdo, que foi a concessão de quinquênios, cuja o relator teve que voltar atrás na sua decisão. 

Para os trabalhadores esta postura de zombaria do representante expressa muito bem o entendimento que grande do Conselho tem em relação às demandas dos servidores.

No atual formato, a instituição não atende os preceitos de uma sociedade democrática, com participação da sociedade civil organizada na sua composição. Por isso, lutamos por uma reforma do Judiciário onde a participação popular seja plena, tanto na fiscalização como nas decisões jurisdicionais, estabelecendo a verdadeira democracia no Sistema de Justiça.