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Centenas de servidores do Sistema de Justiça do RS percorreram as ruas da Capital nesta terça-feira (22/3) para exigir o fim do congelamento salarial, que já dura oito anos, e cobrar do governador Eduardo Leite um reajuste digno de no mínimo 10,06%.

O dia de luta, convocado pela União dos Trabalhadores do Sistema de Justiça do RS, começou com uma Assembleia Geral Unificada em frente ao prédio do Ministério Público do estado. Em falas contundentes, os dirigentes das entidades que integram a União (Sindjus, Simpe, Sindpers, Abojeris e ASJ) convocaram a base sindical para mobilização permanente por reajuste salarial.

“Hoje o governo vai discutir o índice de reposição no Conselho de Estado. Eles estarão lá reunidos e nós estaremos na luta, nas ruas, para ampliar as nossas vozes, pois as nossas perdas aumentam a cada dia, e precisamos de soluções concretas e um reajuste digno”, afirmou o coordenador-geral do Sindjus/RS, Fabiano Zalazar.

 

Revisão da matriz salarial e mesa de negociação já

Na sequência, em caminhada até o Tribunal de Justiça (TJRS), o Sindjus protocolou um ofício na 1ª Vice-Presidência, reiterando à presidenta da Corte, Iris Helena Medeiros Nogueira, a importância da atuação do Tribunal junto ao Executivo para garantir o envio do projeto com, no mínimo, 10,06% de reposição. Além disso, o Sindicato demanda a revisão da matriz salarial e a mesa permanente de negociação salarial, tendo em vista que as perdas acumuladas de 53% precisam ser recuperadas. 

O ofício aponta também a necessidade de atendimento das principais pautas da categoria, como o reajuste das gratificações, as progressões do plano de carreira já em maio, assim como a garantia de aposentadoria pelo RPPS dos celetistas que contribuíram para o IPERGS.

 

Base sindical de luta: precisamos parar de perder

Ao longo da caminhada, que seguiu pela Av. Borges de Medeiros, os servidores receberam diversas manifestações de apoio de moradores e motoristas. A marcha seguiu em direção à Praça da Matriz, onde os servidores também bradaram sua indignação com a perda de poder aquisitivo causada pelos oito anos sem um centavo de reajuste.

As deputadas estaduais Sofia Cavedon (PT) e Luciana Genro (PSol) estiveram presentes na Assembleia Geral para prestar apoio à luta dos trabalhadores da Justiça e em defesa dos serviços públicos.

 

Eduardo Leite: chega de calote

Encerrada a Assembleia Geral Unificada, os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema de Justiça, que estavam na Praça da Matriz, uniram-se aos servidores da segurança pública, em uma grande mobilização para pressionar o governo do Estado.

No encerramento do ato, os dirigentes das entidades que compõem a União dos Trabalhadores do Sistema de Justiça do RS protocolaram, novamente, um ofício na Casa Civil. “Mais uma vez, o governo do Estado manteve as portas do Palácio fechadas para o diálogo”, afirmou Osvaldir Rodrigues, diretor Jurídico do Sindjus/RS.

O documento, destinado ao governador Eduardo Leite, traz detalhes do estudo elaborado pelo economista Cid Cordeiro, que aponta as condições para que a Revisão Geral Anual contemple a inflação integral medida no ano passado pelo IPCA/IBGE. “Inúmeras categorias em todo o país, em que também está em vigência o Regime de Recuperação Fiscal, estão recebendo o percentual máximo da inflação. É possível conceder o reajuste linear de 10,06% para todos os servidores”, afirmou Zalazar.

Próximas agendas de luta:

24 de março (quinta):
Ato Regional Reajuste Já em Santo Ângelo: 12h30 – Em frente ao Foro da Comarca de Santo Ângelo

 

25 de março (sexta):
Ato Regional Reajuste Já em Cruz Alta: 12h30 – Em frente ao Foro da Comarca de Cruz Alta


28 de março (segunda):
Vigília pela Regulamentação do Plano de Carreira do TJRS: 12h às 19h – Em frente ao TJRS na Praça Isabel, a Católica (Av.Borges de Medeiros)
1º de abril (sexta):
Ato por Reposição Salarial e Valorização da Educação: 10h – Concentração: No Instituto de Educação

 

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Créditos: Grupo REC (Ricardo Silveira/Vinicius Ellwanger)