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Resultado é consequência da mobilização histórica dos trabalhadores

Após 52 dias, os trabalhadores do Judiciário gaúcho decidiram, em assembleia geral nesta quinta-feira (14), encerrar a greve. A paralisação foi a maior da história da categoria.

Na assembleia, os dirigentes das entidades que representam os servidores da Justiça e participaram da mesa de negociação com a presidência do TJRS apresentaram aos trabalhadores as propostas estabelecidas na última reunião e registradas em ata. A oficialização dos termos do atendimento à pauta de reivindicações da categoria levou a quase totalidade dos participantes da assembleia a definir o fim do movimento grevista.

Entre as propostas aceitas estão a criação de um grupo de trabalho para debater a valorização das carreiras (a primeira reunião já tem data), a celeridade na tramitação administrativa dos requerimentos pela majoração do auxílio-condução para oficiais de justiça e a votação do pedido de equiparação do auxílio-refeição em Órgão Especial ainda este ano. A compensação dos dias paralisados será feita sem prazo final e definida pelas direções de comarcas em acordo com os trabalhadores. Os salários que foram descontados durante a greve serão devolvidos em folha suplementar no dia 10 de dezembro para os trabalhadores que realizarem a compensação. Confira a íntegra dos itens do acordo aqui.

Para o diretor de política e formação sindical do Sindjus, Marco Velleda, o sucesso do movimento, materializado pela negociação firmada com o tribunal, é resultado direto da luta da categoria. “Fizemos a maior greve da história do Judiciário gaúcho, movimento que ganhou destaque no RS e também repercutiu em todo o Brasil, com o apoio de entidades parceiras que apoiaram nossa luta. A categoria está de parabéns pela garra e pela persistência nestes 52 dias.”

A decisão pelo fim da greve, , no entanto, não encerra a mobilização da categoria, conforme alertaram os dirigentes das entidades. Os representantes salientaram que a categoria deve permanecer mobilizada e fiscalizar de perto o cumprimento dos compromissos firmados pela Administração. Caso esses compromissos não sejam atendidos, a categoria deve estar preparada para realizar o enfrentamento, segundo destaca o coordenador geral do Sindjus, Fabiano Zalazar: “Já mostramos ao Tribunal e à sociedade gaúcha a capacidade de mobilização de nossa categoria e a força da nossa união. No próximo ano, teremos uma nova Administração que terá de dar continuidade ao compromisso firmado com os trabalhadores; ficaremos vigilantes e acompanharemos de perto todos os pontos da nossa negociação”.