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A noite do dia 30 de outubro ficou marcada pelo choro aliviado da nossa jovem Democracia, que exausta após tantos ataques, ódio e violência, pode enfim respirar a esperança de um novo tempo, com respeito às instituições, à diversidade e à pluralidade. Temos que comemorar. Apesar do show de horrores que foi orquestrado nos últimos anos, com uso da máquina pública, o povo foi às urnas e disse não à política do ódio.

Se no Brasil, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem um desafio imensurável de reconstruir o país, no Rio Grande do Sul, o governador reeleito Eduardo Leite tem o dever de honrar os votos progressistas e fazer um governo de diálogo concreto com os movimentos sindicais e sociais e com os demais Poderes.

Nesse sentido, é essencial que Leite considere as ressalvas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) apresentadas pelo Tribunal de Justiça do RS (TJRS), garantindo ao Poder Judiciário a gestão do seu próprio orçamento.

No entanto, apesar do RRF impor restrições, o TJRS continua tendo autonomia, por exemplo, para apresentar o projeto de revisão da matriz salarial. Aguardamos desde março uma posição da Administração do Tribunal, período que é quase de uma gestação, e mais do que suficiente para a realização de quaisquer estudos.

Após oito anos sem reajuste, a situação financeira das servidoras e servidores ativos e principalmente das aposentadas e aposentados é insustentável, e a revisão da matriz em 32% beneficia toda categoria. Por isso, precisamos estar unidos e mobilizados, para garantir a participação do sindicato e das entidades na construção do projeto e para tirá-lo do papel.

Infelizmente tivemos que adiar a nossa Assembleia Geral, por causa dos atos inconstitucionais e antidemocráticos comandados por um grupelho que não aceitou o resultado das urnas. No entanto, convocamos a categoria para manter a mobilização nos debates da revisão do plano de carreira, e na luta pelos 32% na revisão da matriz salarial.