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O Coletivo de Mulheres Não Me Calo participou do Ato em Defesa da Vida das Mulheres, nesta quarta-feira (8), promovido pela Assembleia Legislativa. O Coletivo foi representado pela servidora Juliana Toralles.

Durante o evento, a coordenadora da Força-Tarefa Interinstitucional de Combate aos Feminicídios do RS, Ariane Leitão, apresentou o relatório preliminar da iniciativa que, desde o segundo semestre de 2019, analisa e debate formas de combater a morte de mulheres pela condição de gênero.

No início de 2020, o número de feminicídios no Estado aumentou em 233% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Conforme o relatório, foram identificados diversas questões, entre elas, os seguintes problemas:

– déficit orçamentário, com redução de recursos públicos destinados à rede de enfrentamento e atendimento às mulheres; 

– ausência de casas-abrigo, que impacta nos registros de denúncias, já que as vítimas precisam retornar ao local de convivência com o agressor;

– precarização das condições de trabalho das servidoras e salários não pagos; 

– importância de reeducação do agressor como forma de enfrentar a reincidência.

Para Juliana Toralles, é importante que o Coletivo de Mulheres Não Me Calo participe das mobilizações em torno das pautas importantes para a vida das mulheres como a questão da violência doméstica e do feminicídio, especialmente por se tratar de um Coletivo composto por trabalhadoras da Justiça gaúcha. 

Em uma das manifestações feitas durante o ato, a representante do Levante Feminista destacou a importância de promover a indignação da sociedade e combater o feminicídio, para que nenhum mulher morra por ser mulher:  “Queríamos falar de vida, mas ainda precisamos falar de morte. Queremos virar a página dessa história”.

Também falaram durante o ato o presidente da ALRS, deputado Valdeci Oliveira, a coordenadora da Procuradoria da Mulher da ALRS, deputada Sofia Cavedon, e o coordenador do Comitê Gaúcho do He for She, deputado Edegar Pretto.