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O Sindjus/RS realizou na manhã desta quinta-feira (16/12) uma reunião com cerca de 150 Oficiais Escreventes, agora Técnicos Judiciários, que substituíam os cargos vagos de Escrivão e Distribuidor-Contador em todo o Judiciário até a promulgação do PCCS (Lei nº 15.737/2021).

É consenso entre todos os servidores e servidoras que o momento para que cessasse esse pagamento não foi o mais oportuno. Pelo contrário, causou enormes dificuldades para aqueles que já tinham uma previsão e organização em seus orçamentos domésticos.

Em diversas falas, o principal motivo de indignação dos servidores é o fato de que o décimo-terceiro salário não foi pago com o valor correspondente à substituição, o que era uma expectativa geral desses trabalhadores.

Outra reclamação dos presentes foi pelo fato de que diversas unidades judiciais no âmbito dos serviços judiciários estaduais foram classificadas para receberem a Função Gratificada de Gestor I e II, quando deveriam ser Gestor Judiciário III, devido à alta complexidade, ingressos de processos e grande acúmulo de trabalho, além do déficit de servidores, casos de Varas Judiciais e Criminais em todo o RS.

Foi frisado pelos representantes sindicais que o Sindjus ingressará com um pedido administrativo para que sejam revistos os critérios de classificação dessas unidades. A direção ainda estuda medidas judiciais cabíveis no caso do não pagamento do décimo-terceiro sobre a substituição. 

Os dirigentes presentes no encontro referiram que 2022 deve ser um ano de lutas incessantes pela reposição salarial dos vencimentos, o cumprimento do acordo de greve pela equiparação das verbas indenizatórias, entre outras demandas represadas, “pois a luta da categoria é contínua e árdua para mitigar décadas de injustiças e o congelamento salarial que aflige à classe”, pontuou o coordenador-geral do Sindjus, Fabiano Zalazar.

Na avaliação da direção sindical, o encontro propiciou um oportuno espaço de diálogo e de trocas para buscar as melhores alternativas aos problemas apresentados. “É extremamente importante proporcionar um lugar de fala a esses colegas, mesmo com críticas ao plano, o qual defendemos muito e sobre o que ainda não é possível visualizar as conquistas tangíveis mas que, ali adiante, certamente teremos em nossos vencimentos e na qualidade de vida, com reflexos no processo eletrônico, turno único, progressões etc. No mais, é seguir lutando e lutando muito, pois as coisas não caem do céu para nós”, referiu a diretora Janete Fabíola Togni.