Com o compromisso de ampliar a transparência e fortalecer o debate sobre o futuro do Judiciário gaúcho, o Sindjus recebeu, nos dias 5 e 6 de novembro, os magistrados que concorrem à Presidência do Tribunal de Justiça do RS (TJRS) para o biênio 2026/2028.
No dia 5 de novembro, o desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira — candidato de situação — participou de um café da manhã com a direção sindical e concedeu entrevista pautada nos temas centrais da agenda dos servidores e servidoras.
O candidato esteve acompanhado do Leonel Pires Ohlweiler, que concorre ao cargo de 2º vice-presidente, e a chapa é composta, ainda, por Ricardo Torres Hermann (1º Vice-Presidente); Rosaura Marques Borba (3ª Vice-Presidente); e Luciano André Losekann (Corregedor-Geral da Justiça).
Para garantir isonomia no processo, a dinâmica da entrevista envolveu a apresentação das mesmas perguntas, organizadas em quatro eixos: valorização, saúde, concurso e carreira e democratização.
A escolha da nova administração do Tribunal acontece no próximo dia 24 de novembro, às 14h, durante o Pleno do Órgão Especial. Somente desembargadores votam no pleito.
VALORIZAÇÃO
No eixo da valorização, Antonio Vinicius saudou a possibilidade de estabelecer reajustes em verbas, o que permite avanços remuneratórios contínuos sem a necessidade de nova legislação, como nos casos de auxílio-alimentação e auxílio-saúde. Ele também ressaltou a importância das progressões como eixo estruturante do plano de carreira.
O candidato afirmou que a Administração deverá buscar maior eficiência na gestão, com iniciativas para modernização e ampliação de estruturas especializadas. Entre elas, destacou a necessidade de expandir o Nugesp para todo o estado e fortalecer as varas regionais especializadas.
Neste sentido, Leonel Ohlweiler complementou que a qualificação dos servidores é parte central da política de valorização, com impacto direto na qualidade de vida e no desempenho institucional.
SAÚDE
Ao tratar do eixo da saúde, Antonio Vinicius observou que o adoecimento é uma das preocupações da futura gestão, com consequências secundárias, como alcoolismo e drogadição, exigindo respostas estruturadas. Desta forma, apontou a importância da colaboração para a construção conjunta de estratégias entre Tribunal, servidores e sindicato.
Neste sentido, Antônio Vinicius ressaltou que diversas melhorias implementadas no plano de carreira partiram de emendas construídas em diálogo com o Sindjus, reforçando a importância da participação institucional: “Se vocês estão pedindo, é porque é o melhor”.
CONCURSO E CARREIRA
Ao abordar os temas relativos a concurso e carreira, Vinicius destacou que a evasão caiu para 13%, resultado de políticas que qualificaram o ambiente de trabalho. Apontou a tecnologia e a capacitação contínua como pilares da gestão, mencionando a abertura de 5 mil vagas de cursos de formação e investimento de R$ 10 milhões.
Outro ponto destacado foi a lotação paradigma, que, conforme o magistrado, está em fase final de elaboração e será determinante para enfrentar a sobrecarga de trabalho e revisar programas emergenciais como UNICCA e Multicom.
Sobre o debate do nível superior para técnicos (NS), afirmou que o tema está “superado internamente”, mas depende de articulação com a Assembleia Legislativa — um ponto que, segundo ele, exige união de esforços.
DEMOCRATIZAÇÃO
No eixo da democratização, Vinicius afirmou que entende que a relação entre Tribunal e sindicato deve ser orientada para a construção institucional. Destacou que o canal de diálogo já existe, está maduro e deve ser periódico, permitindo o acompanhamento contínuo de pautas e desafios.
O candidato à 2º vice Leonel Ohlweiler reforçou que a periodicidade do diálogo já está prevista no plano de carreira e destacou a importância de manter uma mesa permanente de construção conjunta.
Entrevista completa
O conteúdo integral da entrevista estará disponível no YouTube do Sindjus.