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O fortalecimento da coletividade para enfrentar os desafios da conjuntura foi pauta central do planejamento estratégico da Direção do Sindjus-RS, realizado nos dias 8 e 9 de agosto, em Porto Alegre. A atividade teve por objetivo orientar a dinâmica de trabalho e a linha política para o próximo período, sempre em sintonia com as lutas da categoria e da conjuntura.

Nos dois dias de intenso debate, foi firmado o entendimento de que é necessário ampliar a defesa da importância e do papel decisivo do sindicato como ferramenta de lutas para garantir direitos e dignidade para a classe trabalhadora e aprofundar o debate com a categoria para contemplar a complexidade do contexto político local e nacional.

Direção alinhada e plural

No início da atividade, foi realizada uma roda de compartilhamento de relatos sobre as vivências pessoais, que deixou nítida a pluralidade de origens e de experiências de vida de cada integrante da direção sindical desta gestão, que iniciou em junho deste ano. Os servidores e servidoras do Judiciário que compõem a Executiva e a Colegiada já tiveram outros cargos e profissões, o que, concluíram, só enriquece o trabalho coletivo e permite uma visão ampla sobre como enfrentar os desafios que se apresentam.

O especialista em marketing digital e assessor técnico do Sindicato, Lucio Uberdan, coordenou a dinâmica do planejamento, sistematizando dados obtidos a partir das percepções dos integrantes da direção executiva e colegiada sobre as necessidades e tarefas que se colocam diante do contexto atual. A síntese sobre a conjuntura política ficou a cargo do assessor João Victor Domingues, advogado, ex-presidente do Sindjus e com experiência em cargos no Legislativo e Executivo estadual.

Debate valoriza a construção coletiva

No trabalho conjunto de debates e avaliações, a direção reforçou que sindicato é uma ferramenta fundamental de disputa em uma sociedade cada vez mais fragmentada e que nos dá um sentimento de uma luta coletiva e o sucesso de sua atuação depende do fortalecimento da capacidade de estar em permanente sintonia com os anseios da base e com atenção ao que acontece no cenário mais amplo, em tudo que afeta a dinâmica social e do mundo do trabalho. Assim, é imprescindível a análise da conjuntura política nacional e estadual e como isso reflete diretamente no Judiciário, principalmente diante das ameaças de retrocesso neoliberal e como essa correlação de forças impacta na lógica de funcionamento do Estado e na situação da classe trabalhadora.

Diante dos processos cada vez mais intensos de “uberização” e degradação das condições de trabalho e de vida a busca de um caminho na luta não se limita à solução de problemas pontuais mas exige a busca de saídas coletivas e solidárias.

Buscando entender de que maneira isso atravessa e modifica o sentido da luta sindical, procedeu-se às rodadas de trocas para refletir sobre os pontos apresentadosa fim de construir pactos, compromissos e acordos para enfrentar os desafios que se colocam de maneira coletiva e alinhada aos princípios orientadores da luta sindical. Entre os pontos apresentados, destacou-se a importância da comunicação aliada à formação, a necessidade de manter o permanente contato com a base por meio das interiorizações, a articulação institucional com as categorias do serviço público e privado e o fortalecimento dos coletivos.

Na sequência dos relatos e contribuições para a construção de um caminho efetivo de diálogo e conquistas, os presentes debateram os principais desafios, as potências do sindicato e as possibilidades para o futuro da entidade. Por meio de trabalhos em grupo sobre diferentes eixos de atuação, foram apresentadas propostas a partir das reflexões partilhadas entre os diretores e diretoras da Executiva e Colegiada e, finalmente, construída uma síntese sobre ajustes, diretrizes e projetos para qualificar a luta.