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No dia 15 de maio comemora-se o DIA DA/O ASSISTENTE SOCIAL, oportunidade em que se busca dar visibilidade à profissão e suas prerrogativas e atribuições. Em um contexto de precarização das condições de trabalho e da vida, se faz necessário afirmar a importância de uma profissão que tem compromisso com a transformação social e com a qualidade dos serviços prestados à população.

O Serviço Social trabalha com as políticas sociais e equipamentos públicos. No Brasil são mais de 210 mil profissionais atuando em defesa da garantia dos direitos humanos[1].

O Poder Judiciário foi uma das primeiras instituições a receber profissionais do Serviço Social em seus quadros entre os anos 1930 e 1940. Desde então, a profissão vem consolidando o seu trabalho, movimentando-se nas contradições inerentes a uma instituição que tem o exercício do poder e do controle social como centralidade.

A garantia de direitos vem sendo a bússola das/os profissionais que atuam no âmbito do Poder Judiciário. Essa perspectiva se insere nos objetivos mais amplos da categoria, que tem como centralidade a defesa dos direitos da classe trabalhadora, nos diversos espaços sócio-ocupacionais.

Nos últimos anos, impulsionados pela pandemia da Covid-19, movimentos marcados pela visão produtivista, meritocrática e pela redução de custos vêm sendo fortalecidos no Poder Judiciário. A terceirização do trabalho técnico e o investimento em iniciativas como o estágio de pós-graduação revelam estratégias de precarização do trabalho, com desdobramentos nefastos à qualidade do atendimento ofertado à população e outros atinentes à condição de trabalhadora/o do Serviço Social. Desvalorização, congelamento salarial, precárias condições de trabalho, ausência de diálogo e participação nas decisões institucionais marcam o cotidiano da profissão na instituição, resultando em desmotivação e até mesmo em processos de adoecimento.

Em detrimento de uma postura de assujeitamento acrítico, o Serviço Social no Poder Judiciário vem edificando, com avanços e retrocessos, o caminho da construção coletiva. 

Nessa perspectiva, o Grupo de Trabalho de Assistentes Sociais (GTASS) do Sindjus foi criado em meio à pandemia da Covid-19 e à imposição do trabalho remoto, em 2020. Desde então o Sindicato tem sido eleito pelas/os assistentes sociais como espaço privilegiado de resistência. Compreende-se que o âmbito sindical seja o lócus das demandas específicas da categoria e do conjunto das/os trabalhadoras/es da instituição.

No dia da/o assistente social reafirmamos nosso compromisso com as pautas relacionadas à garantia de direitos, notadamente no que diz respeito a condições dignas de trabalho. E, para além de nossas demandas específicas, reafirmamos nosso empenho na construção de uma nova ordem societária, justa, inclusiva, democrática e igualitária.

 

Grupo de Trabalho de Assistentes Sociais do Sindjus (GTASS) 

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[1]Conforme informações disponíveis no site do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).