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“Uma pessoa negra que tem consciência de sua negritude está na luta contra o racismo” (Lélia Gonzalez)

O mês da Consciência Negra terá destaque nos canais de comunicação e nas ações do Sindjus/RS em parceria com o Coletivo pela Igualdade Racial do Sindjus (CIRS). A campanha Novembro Antirracista, iniciada há dois anos pela atual gestão do Sindicato, tem por objetivo trazer ações de informação e conscientização para destacar o protagonismo do movimento negro, sua importância histórica e cultural na formação da identidade nacional e promover o combate ao racismo e a intolerância religiosa.

A partir deste ano, a cada edição do Novembro Antirracista será homenageada uma personalidade que tenha feito contribuições para a luta antirracista e difusão da cultura africana e afro-brasileira. Em 2021, a homenageada será a intelectual e ativista Lélia Gonzalez, que foi pioneira nas discussões sobre relação entre gênero e raça, propondo uma visão afro-latino-americana do feminismo, cujo pensamento abrange questões filosóficas, de psicanálise e do candomblé.

Os integrantes do CIRS prepararam em conjunto com o departamento de Comunicação uma programação de conteúdos e atividades culturais em formato híbrido para marcar a luta e a resistência do povo negro. Ao longo do mês, o tema terá destaque em postagens nas redes sociais, matérias e artigos no site do sindicato, abordando questões como a territorialidade, a traição de Porongos, o histórico escravocrata do nosso estado, religiosidade, musicalidade, dentre outros.

Está prevista ainda a realização de uma live com convidados e, ao final do mês, uma ação cultural em formato híbrido na cidade de Pelotas, um dos municípios gaúchos que mais recebeu africanos cativos durante o período da escravidão no país. “Queremos enfatizar a necessidade de fazer um resgate da memória e da trajetória da cultura afrobrasileira e exaltar sua enorme contribuição para a formação de nossa identidade cultural nacional”, pontuou o diretor de Política e Formação Sindical, Marco Velleda. “O Brasil foi forjado com sangue negro e índio. Muito do que somos hoje devemos aos povos africanos que vieram para o país, forçados a trabalhar, e que sofreram todo tipo de violência, inclusive a do apagamento histórico. É fundamental recuperar e valorizar toda a riqueza deste legado que ainda é muito invisibilizado pelo conservadorismo e eurocentrismo presentes em nossa sociedade, especialmente no RS, um estado tradicionalmente racista”, acrescentou.

“O Coletivo Pela Igualdade Racial do Sindjus é um espaço de debate, formação política e construção de estratégias, que tem por objetivo fomentar a discussão sobre o racismo institucional e conscientizar a categoria e a comunidade sobre a importância do enfrentamento diário deste fator que é, infelizmente, estrutural e estruturante da sociedade brasileira”, conclui Velleda.

O contato do CIRS para quem desejar integrar o grupo e saber mais informações sobre as ações por ele desenvolvidas é igualdaderacial@sindjus.com.br.