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Representantes das direções do Sindjus, Abojeris e ASJ reuniram-se na tarde desta quarta-feira (10) com o presidente da Ajuris, Orlando Faccini Neto. Na pauta, a preocupação com o iminente retorno presencial ao trabalhos na Justiça estadual, envolvendo magistrados, servidores, estagiários e terceirizados.

 

Os dirigentes das entidades concordaram que o momento é de escalada da pandemia e que é temerário o retorno do quadro funcional neste contexto. O presidente da Abojeris, Sirlan Rosa da Cruz, referiu sua preocupação com os Oficiais de Justiça e a profusão de mandados que serão carregados a esses servidores, citando aqueles que deverão cumprir mandados, por exemplo, nas cadeias públicas, local de alto risco de contágio. Paulo Olympio, presidente da ASJ, corroborou as preocupações dos demais, referindo que a entidade já efetuou pedido de reconsideração por escrito. Na ocasião, os dirigentes destacaram que a Resolução nº 322/2020 não é peremptória, e em vários Estados já houve a prorrogação do trabalho diferenciado, em alguns casos até o mês de agosto. “Os colegas estavam tendo uma sensação de pertencimento à instituição que havia retornado, e esse tipo de fato abala essa relação. Os servidores trabalharão em constante apreensão nos cartórios, o que acabará sendo contraproducente até, em detrimento ao trabalho remoto que vem sendo muito bem executado”, ponderou.

 

“Sabemos que teremos de retornar ao trabalho presencial, e queremos retornar, a questão é quando. A alegação de que temos muitos processos físicos no TJRS não pode servir de justificativa para o sacrifício e a exposição ao risco. Temos a convicção de que este não é o momento pelo agravamento da crise sanitária. Plano de reabertura neste momento é plano de sacrifício”, afirmou o Coordenador-Geral do Sindjus, Fabiano Zalazar.

 

O presidente da Ajuris, Orlando Faccini, que solicitou a reunião, afirmou ser importante a manutenção do diálogo entre as entidades, sobretudo nesta conjuntura em que todos estão preocupados com a saúde da coletividade. Os representantes das entidades também entendem ser importante a manutenção do diálogo com a Administração do TJ, e buscarão reunir-se com a Corregedora-Geral da Justiça para tratar das regulamentações do ato de retorno presencial.