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Filiado a Fenajud

A história do movimento sindical deixa claro seu propósito: ser um instrumento de resistência diante das feridas abertas pelo capitalismo, gerador da exploração da classe trabalhadora e das injustiças sociais. No dia da Assembleia de posse da nova gestão do Sindjus, destacamos nosso papel como entidade feita por (e para) trabalhadores e o compromisso da atual direção com as grandes lutas de nosso tempo. 

Em nosso sindicato, explicitamos o propósito de nossa atuação desde a elaboração de nosso estatuto. Assim como “buscar a concretização da solidariedade social e da defesa dos interesses da categoria e dos demais trabalhadores do país e do mundo”, é estabelecido como uma de nossas prerrogativas e deveres “lutar pela defesa e ampliação das liberdades individuais e coletivas, pelo respeito à justiça social e direitos fundamentais da humanidade”.  

Entendemos que estamos à frente de um mecanismo poderoso para resistir e combater as injustiças que nos rodeiam. E que tudo, absolutamente tudo que nos cerca, é influenciado pela política. O acesso a direitos, bens, serviços, a qualidade de vida, a forma como nos relacionamos, o funcionamento da sociedade, tudo depende da política. A política no seu conceito mais amplo. E esse conceito não pode ser tido como palavrão, como algo indesejado; todos nós somos seres políticos – inclusive quando optamos por não expressar posições e pensamentos. Mas essa direção sabe qual seu lado e qual seu papel no momento que vivemos.

Temos lado – o lado do trabalhador e da trabalhadora, de quem movimenta o país e de quem mais sofre com os desmandos de políticos inescrupulosos e das decisões movidas pela ganância. O lado dos servidores públicos, que são a ponte entre a política pública e toda a população. O lado dos desempregados e trabalhadores precários, a quem é negado o mínimo de dignidade e condições de trabalho. O lado das comunidades indígenas, descendentes dos verdadeiros donos desta terra, alvos de  mercenários e sanguessugas que lucram com o esgotamento dos recursos naturais. O lado do povo negro das periferias, quem mais morre no país. O lado das mulheres que lutam pelo direito à autonomia sobre seus corpos e suas vidas. O lado dos LGBTQIA+ que enfrentam violência, preconceito e exclusão. Estamos ombreados; ninguém pode ficar para trás. 

Não há espaço para neutralidade quando nos deparamos com a realidade brasileira, de ataques violentos aos direitos humanos, de miséria e abandono, de perseguição àqueles que ousam enfrentar a podridão do sistema, de poderes paralelos, de corrupção e facilitação de crimes e atrocidades, de descaso com a vida. 

Por isso, não nos furtamos ao debate, ao enfrentamento e à participação na construção de alternativas para os problemas que afetam a todos. Temos ideais e princípios inegociáveis, sendo um dos mais importantes o da solidariedade. Trata-se de compreender que o que nos une está acima das nossas diferenças, e que a luta da classe trabalhadora é uma só. Seguiremos mobilizados, nas ruas e em todos os canais, oferecendo nossa contribuição para mudar essa realidade de desespero. É uma questão de consciência histórica e social, e de reconhecer nossa missão, é não fugir de nosso dever e do comprometimento com um futuro de esperança para os que vierem depois de nós. 

Só a luta muda a vida, muda a gente, muda o mundo.